O centro do Rio de Janeiro
Este post já vai com um atraso de uma semanita, mas sem net em casa vai sendo complicado manter os nossos amigos e familiares em dia.
Pois é, faz hoje uma semana (a propósito, hoje é feriado e já é o quarto que apanhamos à segunda feira, este da função pública, e ainda falta pelo menos um, que não nos vai afectar muito por estarmos em Buenos Aires!) que chegámos do Rio de Janeiro. E a cidade é mesmo como a canção diz, MARAVILHOSA!
Mas se a beleza é um dos lados da moeda, existe a outra, o da pobreza das favelas, mesmo ao pé da parte “normal” da cidade. Muitas vezes comentámos que se pode viver muito bem no Rio, mas o outro lado, o da miséria sem pudor, das crianças a dormirem por baixo de viadutos, dos catadores de lixo que pediam aos clientes das esplanadas do calçadão as latas das bebidas que estavam a acabar, da insegurança, da prostituição ao cair da noite, esse lado está sempre presente. De qualquer lado se podem ver várias favelas, basta não fechar os olhos.
Nunca nos sentimos directamente ameaçados, mas houve uma ou duas vezes em que nos sentimos mais “apertadinhos”, em que tentávamos dar o mínimo das vistas, embora qualquer turista, mesmo sem o espalhafato dos americanos ou dos japoneses, tenha escrito na testa “não sou daqui”. Mas acabámos por nos safar bem, e até fizémos mais do que estariamos à espera, inclusivé ir dar um pézinho de samba no sábado à noite!
Mudámos de hostel, e ficámos num quarto com o tamanho da nossa kitinet (como imaginam, era enorme!) e quatro beliches triplos dentro! Aí conhecemos a fantástica Vanessa e o gay frenético Thiago, que obviamente deliraram com a nossa companhia, cada um pelas suas razões! Fomos sair todos para a Lapa, mais um coreano de seu nome Pato à Pequim que não percebia nada de inglês, e por isso passámos a comunicar em português: ele continuou sem perceber nada, mas ao menos nós não nos tínhamos que esforçar muito! Lá na Lapa fomos ao Democráticos, que mais parecia uma associação recreativa, daquelas com colunas de ferro e chão em madeira já a revelar o pesar dos sambas em cima, onde descobrimos a maravilha que é mudar de hora enquanto se dança um belo samba filmado por um coreano com tendências voyeristas. Grande noite!
Chato, chato foi o tempo ter-nos pregado uma data de partidas, desde uma nuvem no topo do Pão de Açúcar que não permitiu que víssemos a vista, a uma chuvada terrível no dia em que fomos visitar a Barra da Tijuca, pelo que ficámos no autocarro a curtir o ar condicionado que tentava contrariar o aquecimento global ao manter o interior do veículo com uma agradável temperatura de 30 graus negativos. Até tivemos direito a ter o aeroporto fechado por causa do mau tempo!
Com mais algumas peripécias pelo meio (como a dos dois velhos no metro a chamarem velho um ao outro, tudo por nossa causa!), que depois contaremos quando voltarmos à vossa companhia, a conclusão só podia ser uma: adorámos o Rio de Janeiro!
O Pão de Açúcar encoberto por uma núvem que nos estragou a vida!
Em Copacabana
No Maracanã
O Real Gabinete Português de Leitura
O Teatro Municipal
O Rio é assim. Fascina-nos, é a cidade maravilhosa, mas não é a cidade em queremos morar. Episódio da carraças, medo!!!
ResponderEliminarBeijinhos
e noticias após as da cidade maravilhosa, meninos?!
ResponderEliminarbeijinhos*
continuem a fazer com que valha a pena..