quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Brasileirices III: Os Sete Anões... outra vez!


Lembram-se desta imagem?

Sim, é a casinha dos patos no lago dos jacarés ocupada por dois dos sete anões. Ora bem, não valeria a pena regressar a este tema não fosse um pormenor muito curioso, ocorrido nos últimos dias.
Olhemos mais de perto...


Pois é, a casinha dos patos é agora habitada por seis do Sete Anões! De costas e isolado dos outros distingue-se perfeitamente o Zangão, a quem calhou provavelmente o turno de sentinela e está de olho naquelas duas tartarugas que nada podem trazer de bom.
Os outros não sei bem, mas parece-me que quem falta é o Dunga, provavelmente numa consulta de Terapia da Fala no Hospital Universitário, bem ali ao lado, a ver se resolve aquele seu pequeno problema comunicacional.
A Branca de Neve, nem vê-la, mas suspeito que se deve ter cansado de esperar o príncipe e de fazer uma dieta de maçãs e está a tirar Odontologia (que é a nossa Medicina Dentária) na Faculdade de Medicina e hoje é feliz a empaturrar-se de arroz com feijão todos os dias no Restaurante Universitário!

P.S. - OK, concordo, estou perfeitamente a ver isto a acontecer em Portugal, mas o que me intriga é o que é que irá na cabeça desta criatura, que se deu ao trabalho de, no meio dos jacarés, ter pegado num barquinho e ido até à casinha dos patos para pôr mais quatro anões! Ao menos tinha tirado os anões da porta para deixar os patos entrar quando dá a fome aos jacarés! Ou terá sido uma reinvidicação do sindicato dos anões mineiros ou um maquiavélico plano engendrado por um poderoso lobby de Hollywood? Que risada...

A favela chique


A favela chique

Hoje de manhã vieram cá a casa bater duas senhoras e um rapaz com uma fita métrica:

-Oi, desculpa incomodar, mas nós estamos a tirar as medidas das casa aqui do condomínio, se não se importassem que entrássemos...

Lá entraram. Pergunta o Valter:

- Desculpem lá, mas o que é que estão mesmo a fazer?
- Ah, estamos a tirar as medidas das casas todas para fazermos as plantas do condomínio.
- Mas quando construiram isto não havia já plantas? - pergunto eu.
- Não, não havia plantas nenhumas, agora é que as vamos fazer.
- Ah, pensava que normalçmante se faziam primeiro as plntas e depois é que construím as casas.
- Pois, aqui nem sempre é assim!
- Estou a ver...

P.S. - Ai a minha vida que isto ainda nos cai em cima da cabeça!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Especialidades gastronómicas

Algumas das maravilhas que se andam a comer por cá...
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Sopinha de cenoura com agrião
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Ostras com queijo gratinado




Francesinhas

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Uma anedota

O menino Joãozinho foi fazer Erasmus para o Brasil, onde tinha uma disciplina chamada Análise de Sistemas de Produção.
O Joãozinho nunca percebeu o porquê desse nome, visto que nunca ter ouvido falar em produção nessa disciplina, mas sim em técnicas de pegar búfalos pelos cornos. Porém, isso parecia normal pois noutra disciplina, chamada Planeamento Industrial, também nunca ouviu falar em indústria.
Enfim, nessa disciplina de ASP o Joãozinho teve um primeiro trabalho, tão simples que apenas demorou uma hora a fazer, por isso ele nunca mais pensou ouvir falar disso na vida. Nessa disciplina teve também um teste, para o qual estudou uma hora e ainda não sabe o resultado, mas pensou que se safou bem pois eram dez perguntas de cruzinha.
Há uma semana, o Joãozinho teve uma tarefa de aula que demorou cinco minutos a fazer, embora a aula tenha sido reservada toda para isso.
Hoje foi a última aula, e qual não foi a surpresa quando a professora propôs que o segundo teste fosse susbtituído pela média desses dois trabalhos dificílimos!
Melhor, os seus colegas, não contentes com isso, propuseram à professora que a nota final fosse a média da prova e dos dois trabalhos, o que a professora achou razoável.
Resumo: o teste vai pesar para a nota tanto como o trabalhinho de cinco minutos que o Joãozinho não fazia nada tão fácil desde os picotados da primária!

Ah ah ah, que engraçada esta anedota!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Rebaptimo

Aqui no Brasil chama-se lavadora àquilo que em Portugal chamamos máquina de lavar roupa.
Ora bem, nós mudámos-lhe o nome. Para ser fiel à sua verdadeira função, deixou de se chamar lavadora para se passar a chamar molhadora, pois é aquilo que realmente faz.
Chegámos à conclusão que chamar-lhe lavadora era utilizar um termo inexacto, sobreavaliador das suas capacidades.
Por isso, embora até ponhamos detergente, há dois meses e meio que não lavamos a nossa roupa, apenas a molhamos!
Venham-me cá dizer que não vivem sem usar amaciador com cheirinho a "flores acabadas de colher" ou "maresia num dia cinzeto em Novembro ali para os lados do Guincho" que eu conto-vos uma história!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Cálculo IV

No outro dia fui ao Sacolão comprar umas frutinhas cá para casa. A rapariga da caixa pediu-me 1,25 reais. Eu, que não tinha certo, dei-lhe 2,25 reais para faciltar o troco.
Ela pegou na máquina calculadora e fez a seguinte operação: 2,25 - 1,25. Resultado: 1 real. Deu-me um real e fui-me embora.

Fiquei a pensar: se a calculadora não funcionasse como é que ela resolvia o problema?

Este país ainda tem um grande caminho a percorrer para ser realmente grande. Mas ao menos está a percorrê-lo...

P.S.- Alguém que está à frente de uma caixa registadora não devia já ter a experiência para perceber que, se alguém que podia pagar uma quantia apenas com uma nota, para além dessa ainda lhe dá uma moeda no valor das casas centesimais, era porque se calhar não está apenas a querer livrar-se de trocos?
Na terça, estava eu sentado no autocarro à espera que ele arrancasse para ir para a faculdade, quando o condutor se vira para os passageiros e diz o seguinte:

"Pessoal, muito obrigado por terem vindo, é por causa de vocês que eu ainda tenho emprego. Muito obrigado mesmo!"

De seguida o cobrador de bilhetes faz mais ao menos o mesmo agradecimento.

Quando saí, o cobrador desejou-me um resto de bom dia e agradeceu-me uma vez mais.

Fiquei a pensar naquilo o resto do dia...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Buenos Aires tem buenos aires

(Bem, na verdade não tem, mas ficava um título giro!)
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Nós à porta de Colónia do Sacramento
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Como a maior parte dos nossos leitores sabem (nem que seja porque alguns são os nossos credores!), aqui os piquenos estiveram uma semana e meia a passear entre Buenos Aires e Montevideo, fazendo um desviozito por Colónia do Sacramento.
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A Rua de Portugal
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Chegámos pela manhãzinha a Colónia do Sacramento de Buquebus, onde aproveitámos os únicos raios do sol com a direito a esse nome que apanhámos durante semana e meia. Colónia é uma cidade uruguaia classificada património da humanidade pela UNESCO. É uma cidadezinha muito catita, estilo Óbidos, mas com mais anúncioa à Coca-Cola. Ruas pequenas com casas tipicamente portuguesas, um farol do tempo da Maria Cachucha, e muitos cantos e recantos com árvores, flores e melgas. Obviamente que esta beleza toda só se deve porque, em tempos, Colónia foi portuguesa, na altura em que andávamos por aqui a meter-nos com as índias. À noite, e depois de comermos uma bela parrilhada, fomos para Montevideo.
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A Plaza da Independência
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Em Montevideo dormimos duas noites de graça: o episódio das carraças no Rio de Janeiro foi a melhor coisa que nos aconteceu, já que basicamente nos rendeu quatro noites à borla, duas no Rio e duas em Montevideo, oferecidas pelos hostel do Rio para que melhorássemos a nossa imagens dos hosteis deles. Por isso, aqui fica um conselho: andem sempre com dois ou três casais de carraças convosco e quando chegarem ao vosso hotel (quão mais fino melhor!) larguem-nos para se passearem nas vossas camas. Depois basta protestarem um bocado e logo terão os frutos de tamanha horrenda estratégia. A nós aconteceu-nos sem queremos, mas agora já sabemos como percorrer toda a América do Sul sem pagar uma única noite!
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Bem, quanto a Montevideo, a cidade é deveras desinteressante, sem grandes atracções turísticas, embora o guia que nos deram no turismo insistisse que contemplássemos extasiados certos prédios que poderíamos perfeitamente encontrar em Chelas. Mas pronto, ficou conhecida e ficámos a saber que Montevideo foi construída pelos espanhóis porque basicamente estavam com cagufa dos portugueses. A última noite foi passada num barzito simpático de seu nome Fun Fun, onde já esteve Carlos Gardel e onde ouvimos tango cantado e fomos assediados pela cantora uruguaia e por turistas brasileiras. Estes nossos lindos olhos não partem corações só em Portugal...

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No bar Fun Fun com a cantora que nos teria feito os seus Carlos Gardéis se nós tivessemos deixado
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Buenos Aires é a cidade do tango, da Mafalda, do Maradona, da Evita, do Carlos Gardel, do doce de leite e do Che Guevara. Infelizmente qualquer um destes ícones explorado comercialmente até à exaustão, o que funciona bem com os americanos pacóvios mas não com estes ilustres exploradores do mundo. Mas OK, os coitados têm que ganhar a vida, seja a dançar tango seja a impingir imans com todas as tiradas cómicas da Mafalda ou com a Evita a acenar em todas as perspectivas possíveis.

O mai lindo tango em San Telmo
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De Buenos Aires esperava mais tango no ar, mais nostalgia de tempos dourados que já não voltam. Pelo contrário, encontrámos uma cidade enorme, barulhenta, mas com prédios de outras épocas conservados de maneira a fazer inveja a muitos prédios em Lisboa. Buenos Aires está cheia de vida, seja pelos portenhos em sí, seja pelas manifestações, pelos protestos, pelas pessoas a gozarem os fins de tarde na rua, pelas ruas de comércio cheias de gente. Começámos por comemorar a ida a Buenos Aires com uma ida ao Pacha, uma discoteca da moda igual a tantas outros Pacha's pelo mundo fora, onde constatámos que estávamos rodeaods por índios. os argentinbos, ao contrário do que se diz, não é gente nada bonita!
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O obelisco da Avenida 9 de Julho, a mais larga do mundo
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Vimos tango (um bocado comercial) mas faltou-nos uma boa noite de tango. Para compensar tivemos o privilégio de poder ver o concerto da banda Fernandez Fierro, que com o seu tango electrónico alternativo nos deu uma noite bem diferente da que se espera em Buenos Aires.
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À porta do Fernadez Fierro
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Fomos ver o jazigo da Evita, fomos ao museu da Evita, fomos ao palácio presidencial (onde viveu a Evita!) onde fomos despachados tipo chouriços. Fomos ver o estádio onde o Maradona fez das suas (La Boca Junior, ou la Bombonera), fomos ao museu do clube do Maradona, fomos ver o camarote do Maradona, fomos ver o balneário do Maradona. Fomos ao congresso, onde tivemos a visita guiada mais chata do mundo (embora o guia garantisse que ia ser breve!). Fomos a Puerto Madero, onde eles fizeram nalgo parecido às nossas Docas, mas em bom. Tentámos ir aos dois teatros, mas estavam em obras. Fomos a Caminito, onde o turismo impera e estraga um sítio que, embora agradável, podia não parecer tao para inglês ver. Fomos beber um copo a San Telmo, que o nosso Bairro Alto bate aos pontos.

Ai que poses tão naturais...

Fomos a todo o lado, e no final de contas, Buenos Aires até tem buenos aires!
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Parrilhada argentina
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Diga lá Sr. Presidente
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Eles, a sala do Senado, depois de 759 horas de uma breve visita ao Palácio do Congreso